O FUTURO É CRIADO A PARTIR DAS NOSSAS CRENÇAS
- consteladamentee
- 18 de set. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 25 de set. de 2022

Crenças são redes de conclusões que registramos em nível mental de percepção, que acessamos automaticamente e servem de base para interpretarmos todas as experiências que temos no nosso dia a dia. Existem as crenças limitantes, que são aquelas formas inflexíveis de ler as experiências e, portanto, limitam o modo de criar e interpretar a realidade, assim como as crenças possibilitadoras, que tem a ver com a nossa autoestima e com a ideia de que somos capazes de atingir nossos objetivos.
As crenças limitantes podem ser dadas pelo nosso ambiente cultural e familiar, sendo passadas de geração em geração. Possuem um programa de base neurológica, ou seja, tem um nível profundo, que significa que não temos a consciência de que são limitantes. São ideias enraizadas e cristalizadas, que podem estar ligadas aos sentimentos de rejeição, incompetência e falta de valor. Exemplos: “Ninguém faz questão da minha presença”; “É difícil demais, não sou capaz”; “Não faço nada de relevante”.
Também podem ser adquiridas na medida em que vamos tendo nossas próprias experiências, sendo, neste caso, facilmente detectáveis pela linguagem em falas como: “dinheiro é sujo”, “homens são todos iguais”, “pessoas ricas são desonestas, entre outras.
Nas crenças existe sempre uma emoção implícita, que são adquiridas por semelhança ou por contraste, por exemplo, a pessoa que vem de uma família de trabalhadores incansáveis, pode assumir a crença de que só trabalhando muito pode viver, ou em contraste, poderá se dedicar a não fazer nada, a fim de rejeitar aquela crença, o que acaba sendo também limitante.
As crenças possibilitadoras estão relacionadas à nossa identidade e habilidades, com a nossa autoestima e a ideia de que somos capazes de atingir nossos objetivos, ou seja, tem a ver com o poder e com a convicção de que algo é possível. As crenças possibilitadoras, ainda que não tenhamos a medida e a certeza sobre um resultado, nos permitem dar um passo em direção aquilo que temos a intenção de alcançar. Estas, por sua vez, não são rígidas e não se baseiam em verdades absolutas.
Com efeito, estudos relacionados à capacidade de mudança do cérebro e às formas de aprendizagem demonstram que, muito embora o comportamento das pessoas e a forma como funcionam (suas crenças) são determinados por herança genética e pelo sistema neurológico, bem como pelo ambiente e experiências, seja qual for a situação, são passíveis de modificação em sua estrutura básica, responsável pelos processos de pensamento e comportamento de uma pessoa.
Assim, o primeiro passo é identificarmos quais são as nossas crenças limitantes, para que possamos modificá-las, bem como quais são as nossas crenças possibilitadoras, para que possamos reforçá-las, criando assim um sistema de crenças compatível com os nossos objetivos devida.
Isso é importante não só na esfera individual, mas também coletiva, uma vez que toda mudança de comportamento impacta, de um modo geral, no nosso ambiente e relacionamentos, além de impactar diretamente na nossa estrutura biológica, que são os padrões e crenças que passaremos para as próximas gerações.
Essa é a importância de construir um sistema forte de crenças possibilitadoras, pois são as nossas crenças que determinam o nosso comportamento e as nossas tomadas de decisões, criando, portanto, não só o presente como também o futuro.
Karine Kwiatkowski Santos
Advogada e Consteladora Familiar
Referências:
· Feuerstein, Reuven. Além da inteligência: aprendizagem mediada e a capacidade de mudança do cérebro. Petrópolis, RJ, Vozes, 2014.
· Corbera Enric. Corbera Enric (2014). Tratado de Bioneuroemoção: Bases Biológicas para a mudança da consciência. Apud – Curso certificado de Biodecodificação;
· Wolder Angeles (2016). A arte de ouvir o corpo: decodificação biológica. Apud – Curso certificado de Biodecodificação.
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